Prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, fala sobre a programação do Jubileu do Mundo das Comunicações

“Não queremos fazer nada mais do que partilhar uma interpretação do mundo. É uma verdade que nos foi revelada e queremos buscá-la em nossa história...
21 Jan
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2025
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“Não queremos fazer nada mais do que partilhar uma interpretação do mundo. É uma verdade que nos foi revelada e queremos buscá-la em nossa história com todas as nossas forças.” Foi o que afirmou o prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, na terça-feira, 21 de janeiro, na apresentação do Jubileu do Mundo da Comunicação, previsto de 24 a 26 de janeiro, durante a transmissão italiana do Programa Radio Vaticana con Voi.

Um evento, que se realiza no próximo fim de semana, que será o primeiro dos muitos que estão previstos durante o Ano Santo. O Jubileu do Mundo das Comunicações coincide com o aniversário do santo padroeiro dos jornalistas, São Francisco de Sales, celebrado em 24 de janeiro.

Relação, a chave para um bom jornalismo

Questionado sobre o fato de que os jornalistas são chamados a ser portadores de esperança e verdade, Ruffini lembra que “sem relação não há esperança, estamos fechados em nós mesmos. A relação é confiar no outro e crer que é possível entrar numa relação com o outro, mesmo quando ele não pensa como nós. A relação também pode incluir coisas muito difíceis como o perdão, ou seja, recomeçar.

“Como disse o Papa Francisco, às vezes”, lembra Ruffini, “uma relação se rompe, mas depois é possível recomeçar novamente de uma forma diferente, mas sempre. Essa relação, afinal, nasce da confiança recíproca e a esperança é entregar e confiar um no outro e então construí-la”. Nesse sentido, até mesmo o “conceito de comunicação não é unidirecional, mas baseado no amor, na confiança, na relação”.

Numerosos compromissos

Os três dias dedicados ao Jubileu do Mundo das Comunicações inclui vários eventos, que o prefeito do Dicastério para a Comunicação relembra durante a entrevista. “Sim, são muitos os eventos e posso dizer que nasceram espontaneamente, da vontade de fazer um exame de consciência, de se questionar e talvez recomeçar a encontrar o sentido mais profundo e inicial, a fonte da nossa vocação”, a de jornalistas. Então comunicar, escolher a comunicação como profissão é, em todos os aspectos, uma vocação. Entre os muitos eventos, “o mais importante é a audiência com o Papa Francisco e a peregrinação para atravessar juntos a Porta Santa e meditar sobre onde estamos e para onde queremos ir. Portanto, sobre onde se encontram as raízes da nossa esperança”.

Os meios de comunicação vaticanos

Como a mídia vaticana é chamada a contar o Jubileu? “Tentando ir”, observa Ruffini, “no profundo do Jubileu, que não é, o Papa o disse melhor do que eu, um evento, não é um fogo de artifício, não é algo de um instante, mas é uma caminho que continua e que diz respeito a todos, que diz respeito a nós que cremos, mas a qualquer um que queira encontrar nele um sinal de mudança”. Entre o que é preciso comunicar, certamente está o fato de que o Ano Santo não é um prodígio estranho, “não se passa pela Porta Santa e por magia acontece alguma coisa”. Em vez disso, é “crer que é um sinal, recuperando as razões profundas da nossa fé, aquelas que nos fazem membros uns dos outros. Assim, podemos empreender um caminho diferente e recomeçar. Fazer um exame de consciência e entender, como disse o Papa Francisco no período terrível da pandemia”.

O papel central das histórias

Durante a ligação telefônica ao vivo, os ouvintes pediram para destacar a importância das histórias da vida real. “As histórias – enfatiza Ruffini – somos nós. Nós somos as histórias que contamos e as histórias que vivemos. A inteligência humana é uma combinação da inteligência do coração e da inteligência da mente. Sem o coração não podemos realmente compreender tudo”. Em seguida, o prefeito do dicastério Vaticano se debruça sobre o momento da comunicação. “Um ponto-chave, argumenta, é a rapidez do nosso tempo. Para entender as coisas é preciso um pouco de lentidão, é preciso parar de vez em quando para encontrar nossas almas, para captar a alma do outro se quisermos ser bons jornalistas. Quando o Papa diz para gastarmos as solas dos nossos sapatos, ele também está falando de um tempo lento que às vezes precisamos para entender e contar histórias, para desfrutar”.

A memória

“Cultivar a memória”, continua o prefeito da mídia vaticana, “é ter a capacidade de reconectar as coisas para oferecer uma perspectiva que seja uma perspectiva do bem. É a tarefa dos jornalistas, caso contrário, digamos, vivemos distantes, esquecidos e sem sentido. Este é um pouco o trabalho dos jornalistas e é o que talvez estamos perdendo na rapidez de um tempo que parece ser consumido no mesmo instante”. “Você disse antes a verdade, uma interpretação da verdade de forma transparente. Nós, “não queremos fazer nada a não ser partilhar uma interpretação do mundo. É uma verdade que nos foi revelada e buscamos na nossa história com todas as nossas forças”, na relação, para encontrar juntos “novos caminhos e novas estradas”.

Saiba mais:Jubileu 2025: descubra os principais eventos, comemorações e atividades que marcarão o Ano Santo – CNBB

Com informações do VaticanNews

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