Meditar sobre São José
Participando do Ano de São José “com o espírito desprendido de qualquer pecado”, os fiéis poderão obter a Indulgência através de várias modalidades que a Penitenciaria enumera no Decreto.
Quem meditar “por pelo menos 30 minutos a oração do Pai-Nosso”, ou participar de um retiro espiritual, mesmo por um dia “que inclui uma meditação sobre São José”, poderá se beneficiar deste dom especial. “São José, verdadeiro homem de fé, nos convida”, diz o Decreto, “a redescobrir nossa relação filial com o Pai, a renovar a fidelidade à oração, a ouvir e corresponder com profundo discernimento à vontade de Deus”.
A misericórdia no nome do “homem justo”
A Indulgência pode ser obtida realizando “uma obra de misericórdia corporal ou espiritual”, seguindo o exemplo de São José, “depositário do mistério de Deus”, que “nos exorta a redescobrir o valor do silêncio, da prudência e da lealdade no cumprimento de nossos deveres”. A virtude da justiça, praticada por José, é “lei da misericórdia” e é “a misericórdia de Deus que leva a verdadeira justiça ao cumprimento”.
A oração na família
Rezar o Terço em família e entre namorados é uma das formas de se obter este dom. São José foi o esposo de Maria, pai de Jesus e guardião da família de Nazaré. Ali floresceu a sua vocação. A esse propósito, a Penitenciaria Apostólica convida as famílias cristãs a recriar “a mesma atmosfera de comunhão íntima, de amor e oração que se vivia na Sagrada Família”.
Por um trabalho digno
Quem olhar para o “artesão de Nazaré” com confiança para encontrar um trabalho e para que ele seja digno para todos, poderá obter a indulgência plenária, estendida também a quem “confiar seu trabalho cotidianamente à proteção de São José”. Em 1º de maio de 1955, Pio XII instituiu a festa do santo “com a intenção de que a dignidade do trabalho fosse reconhecida por todos e que inspirasse a vida social e as leis, com base na divisão justa dos direitos e deveres”.
Uma oração pela Igreja que sofre
O Decreto da Penitenciaria Apostólica prevê uma Indulgência “aos fiéis que rezarem a ladainha a São José (para a tradição latina), ou o Akathistos a São José, por inteiro ou pelo menos em parte (para a tradição bizantina), ou alguma outra oração a São José, própria das outras tradições litúrgicas”. Orações que sejam a favor “da Igreja perseguida ad intra e ad extra e pelo alívio de todos os cristãos que sofrem toda forma de perseguição” porque, lê-se no texto, “a fuga da Sagrada Família para o Egito nos mostra que Deus está onde o homem está em perigo, onde ele sofre, onde ele foge, onde vive a rejeição e o abandono”.
Um santo universal
Outras ocasiões para obter a Indulgência plenária dizem respeito a “qualquer oração legitimamente aprovada ou ato de piedade em honra a São José”, como por exemplo, explica a Penitenciaria, “A ti, ó Beato José”, especialmente “nas festas de 19 de março e 1º de maio, na Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, no domingo de São José (segundo a tradição bizantina), no dia 19 de cada mês e toda quarta-feira, dia dedicado à memória do Santo, segundo a tradição latina”.
No decreto se lembra a universalidade do patrocínio de José à Igreja, relatando as palavras de Santa Teresa de Ávila que o considerava mais do que outros santos capaz de socorrer em muitas necessidades. “Uma atualidade renovada para a Igreja do nosso tempo, em relação ao novo milênio cristão”, é o que São João Paulo II evidenciava a respeito de José.
O conforto na pandemia
Especial atenção a quem sofre nesta emergência de coronavírus. O Decreto afirma que “o dom da Indulgência plenária é particularmente estendido aos idosos, aos doentes, aos agonizantes e a todos aqueles que por motivos legítimos não podem sair de casa”. Quem rezar “um ato de piedade em honra a São José, oferecendo com confiança a Deus as dores e dificuldades de sua vidas”, poderá receber este dom “com um espírito distante de qualquer pecado e com a intenção de cumprir, o mais rápido possível, as três condições habituais, em sua própria casa ou onde o impedimento os detém”.
O papel dos sacerdotes
A exortação final é aos sacerdotes para que “se ofereçam com espírito disposto e generoso à celebração do Sacramento da Penitência e administrem frequentemente a Sagrada Comunhão aos enfermos”.
Foto/Roberto Carlos