DEPRESSÃO

Terminei há pouco de ler um livro sobre a dor invisível dos presbíteros. O texto me foi entregue como presente por uma paroquiana que fizera um retiro espiritual na Vila Kostka em Indaiatuba.

A autora fala de modo simples e superficial dos desafios enfrentados dia a dia pelos presbíteros: católicos e protestantes. E apresenta algumas das razões passíveis de levar tais homens de Deus à depressão e ao suicídio.

O livro apresenta relatos de padres e pastores sobre situações que os levaram a frustrar-se, adoecer, e até mesmo deixar o ministério. Fiquei duplamente surpreso com os conteúdos dos relatos. Primeiro, porque a imagem externa que muitos têm da vida interna das igrejas é distante da realidade, principalmente no tocante à economia. Segundo, porque existe uma intensa similaridade nos ônus e nos bônus da vida de padres e pastores. E não quero aqui pensar e nem fazer pensar na questão litúrgica dos ritos religiosos. Isso é o de menos!

Todavia, para mim, o grande valor do texto foi mostrar ao leitor que padres e pastores, por mais crentes e santos que possam ser, são pessoas que precisam de respaldos humanos e de reconhecimento empático. Não são super heróis!